sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Soneto LXV - William Shakespeare.

Soneto LXV

O bronze, a pedra, a terra, o mar sem fim,
Se a morte impõe a todos seu rigor,
Como a beleza há de durar assim
Se não tem mais que a força de uma flor?
Será que o sopro do verão perdura
Contra o assédio dos dias de tormenta,
Se nem a pedra se conserva dura
Nem os portões de aço se sustentam?
Terrível reflexão! Como ocultar
Do tempo a sua mais cara riqueza?
Seu pé veloz que mão há de parar?
Quem lhe proíbe o desgaste da beleza?
Ninguém: só se um milagre faz-se impor,
E em tinta negra esplende o meu amor.

Por: William Shakespeare.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor só comentários relacionados a postagem, nenhuma divulgação pessoal, caso tenha alguma duvida mande um e-mail a julia.biondi@hotmail.com ou para larissafporto16@yahoo.com.br .