sexta-feira, 11 de março de 2011

Dos destroços que restaram

Pensando na situação horrível que aconteceu hoje no Japão, com terremotos e tsunami, resolvi, com um pouco de sentimentalismo, escrever um poema relacionado com o assunto. Espero que gostem.

Dos destroços que restaram dessa vida,
meu amargo pensamento.
Dos destroços que restaram dessas brigas,
dessas lutas, desse mal,
dos destroços que restaram das enxurradas,
dos terremotos, dos vulcões e furacões...
Dos destroços que restaram,
minhas feridas, meus vícios, meus medos.
Dos destroços que restaram das guerras, da fúria, do descaso,
as lágrimas elípticas que corroem.
Dos destroços;
A poeira, o choro, a morte.
A raiva, a mágoa, o choque.

Nesse pedaço de chão manchado de sangue,
manchado de sentimentos,
não há apego mais.
A matéria desejada, decorada, deleitada.
é desprezível, desalmada, desgraçada.

Dos destroços do que restou desse coração,
dessa vida, dessa alma,
a esperança fraca não apaga tudo que se passou,
mas tranquiliza a certeza do errado,
e tira a força do passado...
Dos destroços que restaram,
meu desespero, meu acalento,
Dos destroços que restaram,
meu amargo pensamento.




3 comentários:

  1. Muito bom, excelente mesmo!

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  2. Obrigada!

    Fico muito feliz que tenha gostado!

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  3. help Japan!!!(na sala lah)'k'k
    mas verade profundo esse poema gostei!!
    por Gih thomás!!

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