quarta-feira, 4 de maio de 2011

Das palavras aéreas

Ai, palavras, ai palavras.
que estranha potência, a vossa!
Todo sentido da vida
principia à vossa porta;
o mel do amor cristaliza
seu perfume em vossa rosa;
sois o sonho e sois a audácia,
calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! com letras se elabora...
E dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil como vidro
e mais que o aço poderoso!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...

Autora: Cecília Meireles

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